sábado, 26 de março de 2011

VIDEO AULA 14 - PROCESSOS DE APRENDIZAGEM E IMPLICAÇÕES PARA A PRÁTICA DOCENTE

Professora Silvia Collelo propoe uma reflexão para desmontar três grandes mitos:
1º. Aprendizagem é conseqüência do ensino
2º. Aprendizagem se faz em etapas que podem ser controladas pelo ensino linear, cumulativo e fragmentado e inflexível
3º. Aprender é diferente de usar o conhecimento
O desafio atual é pensar a aprendizagem a partir da seguinte perspectiva:  COMO SE DÁ A CONSTRUÇÃO DO CONHECIMENTO?
A aprendizagem é tributária do contexto sociocultural dos sujeitos , é dependente do contextos sócio cultural mais amplo
Aprendizagem ocorre - Sujeito – sempre em relação com o outro – ai começamos a compreender o mundo e viver as várias experiências do mundo – essa relação se dá num contexto sociocultural.
Para além do universo sociocultural temos o saber da ciência – que nem sempre é acessível – deve ser levado e sistematizado pela escola
O papel da escola é lidar com as várias esferas – o trânsito entre as várias esferas se dá pela dimensão cognitiva , dimensão afetiva, dimensão funcional
Qual é o papel do professor?
Três ações fundamentais – encontro com as pessoas, mediação , linguagem
Como é que o aluno aprende?
Felizmente as crianças de todas as épocas começaram a aprender sem professores, isso ocorre porque o Homem tem uma postura ativa diante do mundo – busca o conhecimento – o ser humano é curioso por excêlencia. A escola, através do trabalho do professor deve resgatar a curiosidade natural do ser humano.
O conhecimento é uma tecitura,  uma rede onde muitos pontos ganham novos significados. É uma construção única para cada aluno e cada sujeito cognocente., Pensar uma educação que não possa ser controlada passo a passo,  a cabeça do aprendiz é um caldeirão onde borbulham muitas idéias cabe ao professor elaborar a estratégia certa para estimular a aprendizagem.
Como o sujeito lida com a informação?
Como fazer crescer os galhos da árvore? Pensar na dinâmica de como acontece o aprendizado
A partir da situação problema o individuo lança mão de seus conhecimentos, elabora hipóteses, realiza testes, comprova ou nega suas hipóteses.
A aprendizagem pode ser uma atividade espontânea, mas o papel do professor é fundamental  para otimizar a aprendizagem.


VIDEO AULA 13 - A CONSTRUÇÃO DO FRACASSO ESCOLAR - Mecanismos do não aprender

A professora Silvia Collelo inicia a aula mostrando os indices do Brasil nas avaliação institucionais, nacionais e internacionais. Os dados revelam uma crise na Educação que nos remete a uma pergunta: 
Por que os alunos não aprendem?
Normalmente as resposta estão embasada em argumentos reducionistas:
- vivemos em uma sociedade corrompida, temos uma crise de valores;
- atribuição de culpas: pais, professores, escola (quando nos atemos à buscar culpados não procuramos compreender e resolver o fracasso escolar)
Como forma de encaminhar uma solução para o problema, é necessário situar esferas e interfaces do processo que constrói o fracasso escolar.
A professora Silvia identifica 3 esferas:
1. RELAÇÃO – ALUNO / MUNDO – pergunta fundamental: qual é a razão para aprender?
Sociedade do ter em oposição ao ser – qual é a razão de aprender se o que vale é o ter e não o aprender. 1º.desafio do professor: resgatar o valor do conhecimento, torná-lo superior ao valor econômico.
2. RELAÇÃO -  MUNDO/ESCOLA – o mundo mudou, a sociedade mudou , a escola permanece congelada. Os professores se aprisionaram no tempo,  na instituição de antigamente que já não dialoga com o mundo, com a linguagem e com a parafernália tecnologica.
Os muros da escola estão fechados para a socieade,  e vive uma tensão muito grande de um mundo que não valoriza a escola.
A escola se opõe a vida e a aprendizagem funciona como uma coisa fechada em si mesmo. O ensino/aprendizagem  não pressupõe a interferência no mundo. Escola se desaparelhou ao longo do tempo.
É necessário contextualizar os conteúdos, realizando os links com o mundo atual.
3. RELAÇÃO - ESCOLA/ALUNOS - Como ensinamos? 
Enfrentar essa pergunta significa  colocar em discussão a metologia usada na escola e perceber que muitas vezes, a metodologia utilizada  não entra em sintonia com os interesses dos alunos.
Dois exemplos de metodologias ainda utilizadas na escola:  Práticas mecânicas; Falta de Dialogia 
Ao ingressar na escola, o aluno é plural. A escola exerce uma pressão para que o aluno se equalize, para que todos os alunos tenham um comportamento igual, promovendo o empobrecimento daquilo que poderia render bons frutos: o encontro das e com as diversidades.
LÓGICA DO NÃO APRENDER possui  4 dimensões que precisam ser foco de constantes reflexões:
  1. DIMENSÃO CULTURAL –  desafio ao professor de se ajudar ao perfil do aluno, preservando suas características culturais sem reduzi-las ou sufoca-las.
  2. DIMENSÃO SOCIAL –  lidar de forma mais dialógica e compreensiva diante das relações de poder que se estabelecem na sociedade e na escola.
  3. DIMENSÃO PEDAGÓGICA – desafio de ajustar a metodologia de ensino aos processos congnitivos dos alunos
  4. DIMENSÃO POLITICA – valorização do saber, valorização da escola e dos professsores.
IGUALMENTE PREOCUPANTE - RISCO DO APRENDER SEM SIGNIFICADO – será que não existe uma dimensão de fracasso naquele que tira boas notas, cumpre o esperado, mas não gosta de estudar, não usa o conhecimento e não lida com o saber de forma crítica.

VIDEO AULA 12 - COMO VEM SENDO ORGANIZADA A EDUCAÇÃO ESPECIAL NO PAÍS


A professora Ana Claudia Lodi destaca que embora existam mudanças significativas ao longo da História, alguns problemas desafiam escolas e professores:

-  classes são entendidas como lugar de socialização
- os alunos com necessidades especiais não tem atividades pensadas pra ele
- alunos devem contar com a boa vontade e apoio dos colegas na sala de aula regular
- professores  estão pouco ou não preparados para lidar com a realidade inclusiva
- as salas de aula tem um número muito elevado de alunos
- no contraturno não há possibilidade de dedicação dos professores  e a quantidade de conteúdos a serem abordados  é muito grande
Proposta para reflexão:
1. Nas condições de hoje, é possível pensar numa educação para todos em igualdade de condições?
2. Onde está a função real da escola e do professor?
3. A organização atual tem favorecido ou não a educação de crianças e jovens com necessidades especiais?

VIDEO AULA 11 - LEGISLAÇÃO COMO INSTRUMENTO DE INCLUSÃO

As leis que promovem as reformas educacionais resultam de contextos históricos em que a sociedade passou a exigir maior igualdade de direitos.
É fato que a inclusão de alunos com necessidade especiais em escolas regulares, transformou o ambiente da escola e desestabilizou os professores que carregam uma formação deficitária e, com frequência, assumem posição de resistência às mudanças.
A construção de uma sociedade justa passa necessariamente pelo reconhecimento, aceitação e respeito a diversidade cultural, física, de saúde, entre tantas outras.
A professora Lúcia Tinós destaca que conhecer a legislação, os decretos e políticas é fundamental para que o professor deixe de brigar com o seu aluno e passe a brigar por seu aluno, somentes assim a inclusão ocorrerá  de fato e não apenas de direito.

Alguns vídeos para ilustrar o tema:


VIDEO AULA 10 - A RELAÇÃO ENTRE ALUNO E PROFESSOR

Com base na obra do professor Alfonso Lopez Quintás,Introdução a Pedagogia do Encontro,  o prof. Gabriel Perissé apresenta uma reflexão sobre a relação professor/aluno e o lugar privilegiado para esse encontro, o espaço da sala de aula.
A sala de aula não é um lugar qualquer, é lá que ocorrem os encontros cotidianos, marcados por:
  1. EXPERIENCIAS REVERSIVEIS ou  EXPERIENCIAS BIDIRECIONAIS –  ocorre quanod duas realidades se unem mas  continuam diferentes, é uma experiência onde professor e aluno estão unidos mas não confundidos.
  2. ENCONTRO – que se realiza quando entramos em jogo com uma realidade e ocorre um  enriquecimento mútuode todos os envolvidos. O professor apresenta como exemplo o filme O NAUFRAGO – quando o personagem central cria um personagem com a bola Wilson. Ao tocar na bola com a mão suja de sangue, aparece a imagem de um rosto, naquele momento ocorre um  encontro  que o livra da loucura. O encontro enriquece, equilibra.
  3. ÂMBITO – qdo ninguém usa um objeto ele é um móvel apenas; quando estabelecemos um diálogo o objeto se torna um ÂMBITO. Âmbito é  toda realidade que não é apenas um objeto e nem é uma pessoa. Da realidade ambital nasce uma nova possibilidade, momento em que dois  âmbitos se encontram e se transformam mutuamente.
4. INVESTIMENTO CRIATIVO - para que uma sala vazia seja uma sala de aula é preciso que haja um investimento mais criativo, tornando o espaço um lugar de encontro intelectual de conhecimento.
Através do encontro criamos o espaço ambital que se transforma em um lugar de vida e produção, quando investimos na criatividade.
Quando a sala de aula se torna um lugar de criação o sujeito sai de lá renovado, motivado, envolvido e desejando mais.

VIDEO AULA 9 - DAS CONCEPÇÕES DOCENTES À PRÁTICA PEDAGÓGICA

Para a professora Silvia Collelo, os professores apresentam um cuidado especial com sua prática, no entano, ao preparar suas aulas deixam de lado a parte maior que embasa a sua prática, define suas escolhas e estratégias cotidianas.
A imagem de uma iceberg é uma excelente ilustração para pensarmos a relação prática (parte vísivel) e teoria (parte que está presente todos os dias e dá sustentação às escolhas e estratégias cotidianas)
A importância da prática pedagógica é incontestável, no entanto, uma reflexão sobre o conceito de Educação que o professor carrega é fundamental para haja compreensão dos critérios que envolvem a tomada de decisões. 

Correntes que norteiam a prática pedagógica:

1. FIXISMO - modo de compreender o mundo sempre da mesma forma -> ligado ao essencialismo e ao inatismo

2. TRANSFORMISMO - tudo está em constante trasnformação ->ligado ao relacionismo (que servirá de base para o construtivismo e socioconstrutivismo.

Para concluir: PAULO FREIRE afirma - 
A EDUCAÇÃO  qualquer que seja ela é sempre uma teoria do conheciemnto posta em prática. 

terça-feira, 15 de março de 2011

VIDEO AULA 8 - CONTRADIÇÕES DE VALORES NA ESCOLA

Marcos Fundamentais da Educação Especial no Brasil
·         criação do “Instituto dos Meninos Cegos” (hoje “Instituto Benjamin Constant”) em 1854,
·         criação do “Instituto dos Surdos-Mudos” (hoje, “Instituto Nacional de Educação de Surdos – INES”) em 1857,
ambos na cidade do Rio de Janeiro, por iniciativa do governo Imperial (JANNUZZI,1992; BUENO,1993; MAZZOTTA,1996).
No entanto, não deixou de “se constituir em uma medida precária em termos nacionais, pois em 1872, com uma população de 15.848 cegos e 11.595 surdos, no país eram atendidos apenas 35 cegos e 17 surdos” (MAZZOTTA, 1996, p.29).
A Educação Especial se caracterizou por ações isoladas e o atendimento se referiu mais às deficiências visuais, auditivas e, em menor quantidade, às deficiências físicas.
Entre a década de 30 e 40 observamos várias mudanças na educação brasileira, como, por exemplo, a expansão do ensino primário e secundário, a fundação da Universidade de São Paulo etc. Podemos dizer que a educação do deficiente mental ainda não era considerada um problema a ser resolvido. Neste período a preocupação era com as reformas na educação da pessoa normal.
A década de 50 foi marcada por discussões sobre os objetivos e qualidade dos serviços educacionais especiais. Enquanto isso, no Brasil acontecia uma rápida expansão das classes e escolas especiais nas escolas públicas e de escolas especiais comunitárias privadas e sem fins lucrativos. O número de estabelecimentos de ensino especial aumentou entre 1950 e 1959, sendo que a maioria destes eram públicos em escolas regulares.
Em 1967, a Sociedade Pestalozzi do Brasil, criada em 1945, já contava com 16 instituições por todo o país. Criada em 1954, a Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais já contava também com 16 instituições em 1962. Nessa época, foi criada a Federação Nacional das APAES (FENAPAES) que, em 1963, realizou seu primeiro congresso (MENDES, 1995).
Em 1960 foi criada a “Campanha Nacional de Educação e Reabilitação de Deficientes Mentais” (CADEME). A CADEME tinha por finalidade promover em todo território Nacional, a “ educação, treinamento, reabilitação e assistência educacional das crianças retardadas e outros deficientes mentais de qualquer idade ou sexo” (MAZZOTTA, 1996, p. 52).
Na década de 70, observamos nos países desenvolvidos, amplas discussões e questionamentos sobre a integração dos deficientes mentais na sociedade, no Brasil acontece neste momento a institucionalização da Educação Especial em termos de planejamento de políticas públicas com a criação do Centro Nacional de Educação Especial (CENESP), em 1973.
Pela Constituição Brasileira (1988) o direito de todos à educação, garantindo, assim, o atendimento educacional de pessoas que apresentam necessidades educacionais especiais.
No intuito de reforçar a obrigação do país em prover a educação, é publicada, em dezembro de 1996, a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional 9.394/96.

VIDEO AULA 7 - DIALÉTICA DA INCLUSÃO / EXCLUSÃO

A realidade é carregada de complexidade, é dinâmica e por isso falar em Inclusão não é simples.

Para uma melhor compreensão das várias faces existentes no processo de inclusão é importante ouvir os diferentes discursos.

  1. 1. Ponto de vista do professor
Inclusão é um desafio para o professor. A professora relata que  pediu ajuda da diretora para que o aluno fosse incluído, alfabetizado. Como não obteve apoio,  procurou o registro do aluno que não avançava e descobriu que ele já havia passado por sucessivas transferências e mesmo assim não era alfabetizado.  
De acordo com a visão da professora: o professor não está preparado, a escola tem salas numerosas, falta apoio institucional. Para que o processo aconteça é necessário pensar possibilidades, conhecer melhor o aluno e reconhecer que  todos os alunos possuem necessidades. As estratégias diferenciadas são necessárias para todos os alunos.
A escola precisa estabelecer parcerias, porque quando recebe uma criança com necessidade especial acontece um susto que imobiliza, mas é preciso cumprir seu papel social e sair da imobilidade.
2. Ponto de vista da coordenação / direção
De acordo com a coordenadora, foi possível ouvir e articular os diferentes pontos de vista – para o professor fica muito forte a falta de formação e experiência para inclusão, a sensação de que o papel se restringe a socialização do que o investimentos na aprendizagem.
Para as famílias há uma sensação de que colocar o filho na escolar regular pode não ser o melhor, há uma sensação de que o filho não é bem aceito, não há disponibilidade para aceitação e acolhimento das crianças.
Os profissionais de saúde tem dificuldade de lidar com a criança em ambiente escola porque estão habituados ao ambiente clinico.
É fundamental ouvir as crianças que vivem o processo, pois de forma espontânea são capazes de criar estratégias para resolver os conflitos de forma mais tranqüila e mais simples, apoiando e acompanhando o sujeito da inclusão.
3. Ponto de vista dos pais
A mãe relata que as escolas tem recusado a matricula de crianças com necessidade especial, pois as escolas não estão preparadas.
O que é estar preparado? Em algumas escolas as crianças são incluídas nas salas regulares mas não tem suporte dos professores
Em algumas escolas há uma inclusão social mas não há uma inclusão pedagógica – a criança não é alfabetizadas
O que falta é um olhar para a capacidade e habilidade, é preciso mudar o contexto e as formas de ensinar
O caminho para a inclusão real é dar atenção para as ncessidades das crianças e estabelecer estratégias e objetivos, É fundamental um trabalho em parceria com a familia
4. Ponto de vista do aluno
Como é que o aluno vive isso? Como o aluno percebe e vive o processo de inclusão?
Quando as pessoas vêem criança com necessidades especiais só percebem a  deficiência e esquecem o todo.A criança é vista como integralmente deficiente, não recebe o direito de voz, quando ela fala não é ouvida.
A criança tem o direito de entrar na escola mas está excluída e isso ocorre de forma geral em todas as escolas. Uma classe é montada com cara de homogênea e só com o tempo as crianças são vistas e suas especificidades são descobertas
O corpo escolar tem lidado de forma muito mascarada, a criança passa do fora da escola para dentro da escola de forma excludente. Como fica isso em termos de aprendizagem? Como é que o professor trabalha de forma invisível, o aluno passa a ser visto de forma invisível?
Considerar a questão dentro da noção de complexidade. É necessário pensar o ensino aprendizagem como processo e não focar o olhar na criança e no problema (sujeito diferente) a criança precisa ser pensada na relação com o professor.


terça-feira, 8 de março de 2011

VÍDEO AULAS 5 e 6 - O PAPEL DO PROFESSOR NA MEDIAÇÃO CULTURAL e O PROFESSOR E A DIVERSIDADE CULTURAL NA SALA DE AULA

Para a Professora Rosa Iavelberg, é  missão dos professores aproximar crianças e jovens dos agentes culturais e dos produtores de arte, independente da disciplina que lecionam.
A arte no ambiene escolar contribui para a humanização porque possibilita multiplas interações a partir do valor simbólico e das percepções intersubjetivas. Através da arte, o aluno pode se colocar no mundo de modo autoral produzindo modos de conhecer o mundo a experimentar a criação.
Utilizando a arte como estratégia de mediação em sala de aula, o professor e seus alunos podem percorrer tempos e espaços diversos, articulando valores e ação criativa com construção de significados, percepção e atribuição de qualidade com sensibilidade.
Para cada segmento, o professor deve ter em mente o objetivo específico do segmento no qual atua, considerando o desenvolvimento cognitivo e social de seus alunos.
Através da arte, é possível ensinar diversidade cultural e respeito às diferenças, cabe ao professor a problematização dos temas que levarão o aluno a perceber, compreender e valorizar as semelhanças e diferenças como manifestações da cultura.

VÍDEO AULA 4 - EDUCAÇÃO ESPECIAL INCLUSIVA: POSSIBILIDADES E DESAFIOS

Um exemplo de Escola com Educação Especial Inclusiva

VIDEO AULA 3 - ÉTICA E VALORES NA AÇÃO EDUCATIVA

Nessa aula a professora Kátia de Souza Amorim retoma os pontos centrais de módulos anteriores para discutir importância do sujeito professor na Educação Especial Inclusiva.

Na história da escola é possível identificar três grandes revoluções que estabeleceram três paradigmas educacionais:

1ª. Revolução - uma educação foi dirigida a grupos diferenciaos e restritos. O professor trabalhava de forma individualizada.
2ª. Revolução -  Estado  assumiu a responsabilidade pela educação  pública que permanceu  restrita a uma camada social. O professor passou a trabalhar com um grupos homogêneos de alunos (meninos brancos, da mesma camada social, mesma religião) o que resultou em uma legitimação da exclusão.
3ª. Revolução - universalização do acesso à educação (Escola para todos). Apesar das mudanças profundas, a escola permanece marcada pela Naturalização Cultural da Exclusão que marcou a 2a. Revolução.
O grande desafio é atender as diferentes camadas e grupos sociais, independente de suas origens, crenças, sexo. deficiências e transtornos.
A 3a. revolução marcou a LEGITIMAÇÃO DO DIREITO a educação, o grande desafio é romper com os paradigmas metodológicos (Ler, Escrever/ Escrever, Contar) e trabalhar com a diversidade de origens de deficiências e transtornos.
A educação da 3a. revolução tem que ser uma instância privilegida para evitar as práticas de intolerância, no entanto o professor deve refletir sobre a sua história, seus valores, compromisso ideológico. É preciso aprender a trabalhar com o outro sem torná-lo exótico.
Na Educação Especial Inclusiva o conflito é inerente por isso, cada professor deve pensar sobre os significados que atribui ao ato educativo e aos sujeitos envolvidos no processo, lembrando sempre que ensinamos mais por ações e exemplos.  
É fundamental refletir sobre o processo educativo para fugir da inclusão pervesa onde a criança está dentro da sala de aula mas não participa ativamente das relações de ensino/aprendizagem.
Desafios para o professor:
- estabelecer parcerias;
- conhecer a própria história;
- buscar conhecimentos para romper com a naturalização da exclusão;
- pesquisar e estabelecer novos aparatos metodológicos.




segunda-feira, 7 de março de 2011

VIDEO AULA 2 - AÇÃO EDUCATIVA AO LONGO DA TRAJETÓRIA ESCOLAR

Para a professora Silvia Colello, a função educativa sofre transformações ao longo da trajetória escolar.

Educação Infantil: ESCOLA - lugar de descoberta e alegria - Professor: tem o papel de investir na esfera afetiva, funcional, cognitiva e linguistica (Institucionalização)

Ensino Fundamental: ESCOLA - espaço do aprender - PROFESSOR: apoio funcional, estímulo aos valores que regem a convivência social e fortalecimento do vínculo com o saber (Institucionalização)
A criança deixa de perceber a escola como espaço de alegria e brincadeiras para perceber as cobranças.

Ensino Médio: ESCOLA - tem a sua importância mas o mundo é repleto de estímulos e interesses diversos- PROFESSOR: apoio, orientação, sensibilização, conscientização sobre aspectos da vida, responsabilidade social.

A ação educativa muda ao longo da trajetória escolar e assume diferentes enfases:
1o. institucionalização - trazer a criança para dentro da escola e apresentar suas regras;
2o. escolarização - formação do aluno, do estudante para que viva bem a vida escola e se organize para ela;
3o. preparação para a vida social - esforço para lidar com os apelos do mundo sobre o aluno, pensando na profissionalização, na responsabilidade social, no compromisso com o mundo e com a sociedade.

Embora seja possível pontuar cada um dos momentos, não podemos esquecer que tudo é MUITO FLEXIVEL e que eventualmente alguns alunos no Ensino Médio precisem de formação do estudante para ter percepção das regras da escola.
Ao longo da trajetória, o professor precisa ter a sensibilidade de perceber qual é momento de seu aluno para propor os projetos educativos adequados.




PROFISSÃO DOCENTE - VÍDEO AULA 1

PAPEL DO PROFESSOR: INSTRUIR OU EDUCAR?

A instrução envolve a simples transmissão de conteúdos, sem levar em conta os valores, as normas e atitudes contribui para formatar os indivíduos dificultando a ação de sujeitos.


A Instrução não pode ser um fim em si mesma, mas deve estar presente no processo educativo. Assim, o papel do professor é conciliar o instruir e o educar, provocando o pensamento dos alunos para que se tornem sujeitos de sua própria vida.