domingo, 10 de abril de 2011

VIDEO AULA 16 - TRAJETÓRIA ESCOLAR DE ALUNOS COM DEFICIÊNCIA

"Tornar visíveis pessoas que historicamente não enxergamos, não escutamos, não falamos, não acolhemos e não acreditamos. "  Professora Lúcia Tinós

Um Alunos Chamado Matheus - relato de um caso de inclusão
O discurso inicial da professora revela algumas das críticas que a profa. Lucia fez na aula: a falta de diagnóstico, a falta de estratégia para escolarização.
A falta de preparo faz com que o processo seja uma aventura rumo ao desconhecido que afeta as trajetórias dos sujeitos envolvidos.

VIDEO AULA 15 - COMO ANDA A EDUCAÇÃO ESPECIAL NO PAÍS

Para a professora Kátia Amorim, há muitos avanços com relação a Educação Especial no país principalmente com relação ao significativo aumento do número de crianças e jovens com necessidades especiais matriculados em escolas regulares.

Em 2006 - 700 mil matriculados.

No entanto a demanda é muito maior. Fica a pergunta: onde estão essas crianças e jovens que não estão no ambiente escolar?

Este questionamento remete a algumas questõe importantes:

1.       Ausência – Memória profissional - Dificuldade de ter acesso a informações – único local com informações precisas são as escolas especializadas – dificuldade de fazer o registro das crianças e outras com grande variedade para registrar.
2.       Grande contingente de crianças não tem diagnóstico – dificulta a luta por recursos, capacitação, instrumentalização
3.       Diagnósticos sem diferenciação nos graus da deficiência
4.       Quem dá o diagnóstico? Muitas vezes não é dado, outras vezes o corpo docente dá o diagnóstico. (resulta em erros – o diagnóstico muitas vezes serve para lavar as mãos em um processo que o professor tem dificuldades para encarar)
5.       Dominância da deficiência intelectual entre os diagnósticos – outras deficiências são variáveis nas diferentes redes de ensino: Deficiência física, visual e auditiva, transtorno mental.
6.       Dominância em todas as instituições: quem está em inclusão são meninos (sexo masculino) – duas preocupações: será que as meninas estão sofrendo múltiplas exclusões? Ou será que o mito do menino impossível foi remodelado e agora ele demanda uma maior inclusão – o menino impossível passou a ser o menino deficiente.
7.       Tempo de permanência – (escola pública: 1 a 4 anos no ensino regular – crianças permanecem mais tempo nas salas especiais) (escola particular: as crianças ascendem de maneira descontínua – faz com que as crianças saiam de uma escola com interrupções entre as séries – lacuna no processo de ensino aprendizagem)
8.       A maioria estão na Educação Infantil e uma no 1º. Ciclo do Ensino fundamental – no Ensino Médio pontos de estrangulamento _ quarta-série: ponto de estrangulamento no sistema / no ensino médio o ponto de estrangulamento é maior ainda.
9.       Saída – parceria entre escola especializada e regular – até que a criança possa assumir uma permanência na escola regular.
Concluindo:
Onde está a maioria das crianças e jovens com deficiências e transtornos? – a maioria não está na escola. A demanda é grande e não está sendo atendida.
È necessário o investimento em formas de registro para que a escola possa traçar metas e objetivos.
Diagnóstico da criança – é necessário um diagnóstico preciso com usos precisos.
Questões de gênero estão colocadas – a universalização ocorre mas as exclusões estão se mantendo.
Como garantir a permanência na escola e a certificação com qualidade na educação desses alunos?

Permanecem muitos questionamentos acerca da Educação de crianças e jovens com necessidades especiais.