domingo, 14 de novembro de 2010

VÍDEO AULA 17 - POSSIBILIDADES DA FORMAÇÃO ÉTICA

Prof. José Sérgio Carvalho

 O professor inicia a aula colocando uma questão: seria a formação ética um problema novo para a escola?
Para encaminhar uma resposta, o professor nos conduz à Antiga Grécia no momento em que os filósofos debatiam sobre a possibilidade de uma Educação para a virtude. Na realidade, a formação ética não é uma novidade, a preocupação já estava presente nos antigos gregos e se manifesta em toda tradição filosófica.
O grande iniciador da ética foi Sócrates. Para ele, a virtude é o fundamento da ética pois não interessa apenas cumprir as leis, é necessário compreender qual é o sentido da lei e isso só é possível com o uso da razão. Isto significa que a ética está atrelada ao uso da razão na elaboração das compreensões sobre o mundo
Na sociedade contemporânea, a formação ética de nossos alunos é realizada com a participação dos próprios alunos, professores, comunidade escolar e todo o entorno da escola, ou seja, ocupar-se da formação ética dos alunos é uma tarefa que não se limita a conteúdos trabalhados em sala de aula, extrapola a sala de aula e até mesmo o ambiente escolar. A ética se aprende no jeito de lidar com a vida.
Os conteúdos trabalhados na escola tem algo importante a dizer sobre a dimensão ética presente na história da humanidade. Por exemplo, quando o professor de Educação Física trabalha as regras de um jogo, a dimensão ética da competição ( respeito às regras, ao adversário, aceitação dos resultados do jogo) está presente em todo o processo.
O mesmo pode acontecer em aulas de História, Literatura, quando o estudo revela aspectos da prática do personagens estudados. É fundamental ao professor a percepção e compreensão de que é pela prática e não apenas pelo discurso que se ensina os princípios da ética. 
Expor os alunos a bons exemplos, a práticas de conduta que levem em conta o outro, é a melhor forma de abordar as dimensões da ética: não se ensina a virtude; a virtude é gerada em nós pela ação.
Como destacou o padre Antonio Veira: "O pregar que é falar faz-se com a boca; o pregar que é semear, faz-se com a mão..."
Ser professor é muito mais que professar palavras porque se educa mais pelos exemplos do que pelas palavras.



domingo, 7 de novembro de 2010

VÍDEO- AULAS 15 E 16 - SEXUALIDADE e SEXUALIDADE NA ESCOLA

Prof. Li Li Min
Na vídeo-aula 15, a professor Marici Brás faz uma exposição sobre a sexualidade de crianças e adolescentes, apresentando as características bio-psico-sociais de cada fase.
Na vídeo-aula 16, o professor Li Li MIn inicia com uma provocação sobre a necessidade de ampliar-se o debate sobre a sexualidade nos espaços da escola.
A ausência do debate na escola revela um possível despreparo dos professores para lidar com a temática e o fato do tema ainda se constituir um tabu para professores e familiares. No entanto, é urgente que se realize um debate porque os dados estatísticos revelam um aumento nas doenças sexualmente transmissíveis, AIDS e gravidez na adolescência.
Como tratar o tema sem causar impactos negativos?
A distribuição de preservativos na escola é um caminho para que o debate seja iniciado?
Como a escola trabalha com as diferentes opções sexuais entre adolescentes?
Principais pontos da aula:
QUANTIDADE DE JOVENS EM RISCO PARA DST E AIDS NO BRASIL É BASTANTE ELEVADO.
O USO DE PRESERVATIVO NESSA FAIXA ETÁRIA TEM UM SIGNIIFICADO AFETIVO.
UMA POSSIBILIDADE É CONVERSAR SOBRE AFETIVIDADE
ORIENTAR O USO DA DUPLA PROTEÇÃO – PRESERVATIVO MAIS UMA PROTEÇÃO COMPLEMENTAR PARA EVITAR GRAVIDEZ.
EVITAR A GRAVIDEZ E ESTIMULAR A MENINA A USAR UMA PÍLULA E UM MÉTODO ANTICONCEPCIONAL.
A CAMISINHA É IMPORTANTE NO USO DE RELAÇÕES HETERO E HOMOSSEXUAIS.
NÃO APENAS OS PRESERVATIVOS ESTÃO DISPONÍVEIS COMO TAMBÉM OUTROS MÉTODOS DE CONTRACEPÇÃO.
QUANTO MAIS PRECOCE A MENINA USAR METÓDOS ANTICONCEPCIONAIS , MAIOR A GARANTIA DE EVITAR A GRAVIDEZ.
SEMPRE IMPORTANTE DESTACAR QUE FALAR SOBRE SEXUALIDADE NA ADOLESCENCIA ENVOLVE FALAR EM DST/AIDS,
AS MENINAS FICAM GRAVIDAS NA 1ª. RELAÇÃO E A GRAVIDEZ É MARCADA PELA AUSÊNCIA DOS PAIS. DISCUTIR A RESPONSABILIDADE COMPARTILHADA NA RELAÇÃO SEXUAL E NA PREVENÇÃO.
É IMPORTANTE TRABALHAR COM O MENINO PARA NÃO DEIXAR TUDO SOBRE A RESPONSABILIDADE DA MENINA.

VIDEO AULA 14 – DIMENSÃO AFETIVA NA CONSTRUÇÃO DE VALORES

Profa. Viviane Pinheiro
DUAS ACEPÇÕES SOBRE O PAPEL DA AFETIVIDADE
1a. Piaget - A AFETIVIDADE COMO FONTE DE ENERGIA PARA A COGNIÇÃO
PIAGET SINALIZOU A INTEGRAÇÃO ENTRE INTELIGÊNCIA E AFETIVIDADE: METAFORA A AFETIVIDADE SERIA COMO A GASOLINA PARA A COGNIÇÃO QUE SERIA O MOTOR DO CARRO.
A AFETIVIDADE NÃO TEM PODER DE TRANSFORMAR A COGNIÇÃO – ALUNO QUE FRACASSOU NO CONTEÚDO DE MATEMÁTICA SE SENTIU FRACASSADO –MAS NÃO MODIFICA O TODO.
2a. VALERIA AMORIM ARANTES – PESQUISA EMPIRICA COM PROFESSORES
APRESENTOU UMA SITUAÇÃO DE CONFLITO MORAL: UM ALUNO USANDO MACONHA NO BANHEIRO DA ESCOLA
OS SUJEITOS QUE FORAM INFLUENCIADOS A TER SENTIMENTOS POSITIVOS TIVERAM UMA INDICAÇÃO DE ATIVIDADES
OS SUJEITOS QUE FORAM INFLUENCIADOS A TER SENTIMENTOS NEGATIVOS NÃO TIVERAM ATITUDES ATIVAS.

SENTIMENTOS QUE MOVEM OS SUJEITOS:  VERGONHA E CULPA
ASPECTOS QUE OS DIFERENCIAM:
VERGONHA – relaciona-se a forma como o outro me ver – eu me
Desejo de se esconder e fugir
CULPA – auto-avaliação
Desejo de se desculpar
ASPECTOS QUE OS RELACIONAM:
Sentimentos morais
Emoções negativa
Atribuições internas vivenciadas  em relações interpessoais
Emergem da regulação dos valores morais
A IMPORTÂNCIA DA VERGONHA E DA CULPA
O valor generosidade não compareceu quando os sentimentos de culpa e vergonha não apareceram.
Quando o sentimento de culpa e/ou vergonha são mobilizados aparecem a generosidade.
IMPLICAÇÕES EDUCACIONAIS DOS ESTUDOS APRESENTADOS:
– os sentimentos devem ser objeto de conhecimento na escola; trazer a explicitação dos sentimentos para a reflexão dos alunos e alunas.
a)      Não minimizar os vínculos afetivos – amizade está relacionada com a generosidade;
b)      Respeito à diversidade a partir do valor tolerância regulado pelos sentimenots morais
c)       Promoção de um ambientes mais saudável e feliz – pessoas com sentimentos positivos tem uma tendência a resolver os seus conflitos de forma mais ativa e justa.

VÍDEO AULA 13 – DIMENSÕES CONSTITUTIVAS DO SUJEITO PSICOLÓGICO

Palavras chave: sujeito, complexidade, interação, rede

Nesta aula, o professor Ulisses Araujo destaca a complexidade do sujeito psicológico em oposição à forte tendência reducionista e cartesiana que predomina na Educação e nas ciências de forma geral.
Através de um gráfico que ilustra as dimensões do sujeito psicológico e suas relações com o meio,  é possível perceber a complexidade do sujeito e os efeitos de sua  interação com o meio.
O sujeito psicológico é resultado das interações das 4 dimensões: biológico, cognitivo, afetivo e sócio-cultural, entre si e com o meio. Portanto, a compreensão
das atitudes, valores e/ou deficiências do sujeito que levem em conta apenas uma das dimensões é equivocada. Cada um de nós é a junção de todas as dimensões fluindo simultaneamente. Além disso, as ações dos sujeitos são influenciadas por dois mundos: o mundo da consciência e o mundo da não consciência.
O mundo da não consciência diz respeitos às milhões de operações bio-psiquicas que ocorrem simultaneamente no corpo, por exemplo: os hormônios. O universo da não consciência faz parte do dia a dia e chega a influenciar e até mesmo determinar, algumas ações dos sujeitos.
Por fim, a aula chama a atenção para a urgente necessidade de resgatar a complexidade do sujeito psicológico, afastando os reducionismos

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Vídeo-aula 12 - RETARDO MENTAL - Profa. Paula Fernandes

Temas em destaque durante a aula da Profa. Paula


RETARDO MENTAL (RM) é um dos transtornos neuropsiquiátricos mais comuns em crianças e adolescentes. A taxa de prevalência tradicionalmente citada é de 1% a 2%.
TIPOS DE RETARDO MENTAL: LEVE / MODERADO / GRAVE
Caracterizações:
LEVE: atrasos na linguagem mas consegue estabelecer comunicação, vida acadêmica pode ser afetada
MODERADO: dificuldade na compreensão , cuidados pessoais e habilidade motoras limitadas, necessidade de auxílio para as atividades cotidianas, vida acadêmica fragilizada.
GRAVE: socialização prejudicada, cuidados pessoais e habilidades motoras prejudicadas, vida acadêmica limitada


 

DIAGNÓSTICO:  Inicio do quadro clínico antes de 18 anos de idade; função intelectual significativamente abaixo da média; deficiência nas habilidades adaptativas em pelos duas das seguintes áreas: comunicação, autocuidados,  habilidades sociais/interpessoais,
auto-orientação, rendimento escolar, trabalho, lazer, saúde e segurança.

Segundo Vygotsky (1991a , p.74) “o aprendizado é uma das principais fontes da criança em idade escolar; e é também uma poderosa força que direciona o seu desenvolvimento, determinando o destino de todo o seu desenvolvimento mental.”

PAPEL DA FAMÍLIA E PAPEL DA ESCOLA

Família:
Iniciar a socialização
oferecer afeto
acolher
respeitar

Escola:
Estar em sintonia com a família para estimular e ampliar a socialização e a construção da autonomia

PAPEL DO PROFESSOR 
- Aceitar as crianças e demonstrar carinho a elas, ensiná-las primeiramente as coisas mais fáceis e uma parte de cada vez
- Associar cada parte do ensino as coisas agradáveis para a criança.
- Elogiá-las após cada item aprendido para que ela se sinta mais capaz e segura.
- Procurar manter a paciência e a uniformidade de comportamento
- Ao avaliar a criança deverá evitar fazer comparações com as demais,
- Não poderá exigir um rendimento que a criança não poderá oferecer.
- Reconhecer e respeitar as diferenças

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

VÍDEO-AULA 10 - PERSPECTIVAS ATUAIS DA EDUCAÇÃO EM VALORES

Tema:  PERSPECTIVAS ATUAIS DA EDUCAÇÃO EM VALORES –
prof. Ulisses Araujo
COMO A COMUNIDADE ESCOLAR PODE E DEVE DESENVOLVER O PROCESSO DE CONSTRUÇÃO DE VALORES? PARA QUE NÃO SEJA UM PROCESSO PONTUAL E PARA QUE SEJA UM TRABALHO QUE EXTRAPOLE AULAS ESPECIFICAS E SEJA COLOCADO NO COTIDIANO DA ESCOLA
1ª. TENTAR ARTICULAR ESCOLA E COMUNIDADE – movimentos que vão colocar esse processo no dia a dia
Gestão por meio de fórum
Para” fora “da escola
Para “dentro” da escola
O protagonismo dos estudantes
O processo de educação e valores só faz sentido quando estiver no currículo da escola.
1º. movimento
FORUM ESCOLAR DE ÉTICA E CIDADANIA – projeto na zona norte em escola públicas da região / membros da comunidade se articulam para discutir ética e cidadania.
(faz parte de um projeto do MEC)
Organização de professores e alunos na discussão dos temas
A partir daí o grupo se reúne em subgrupos para definir o que a escola vai trabalhar durante o semestre. A idéia saí de uma articulação da escola com a comunidade.
2º. Movimento
OS ALUNOS LEVAM A TEMÁTICA PARA FORA DA ESCOLA, RECONHECENDO QUE NO EM TORNO DA ESCOLA EXISTEM PROBLEMAS QUE PRECISAM SER INVESTIGADOS E SOLUCIONADOS.
EDUCAÇÃO COMUNITARIA – perceber no dia a dia onde a temática se encaixa/ no caso os problemas ambientais estão mais próximos da escola.
3º. Movimento
CURRICULO E CIDADANIA
A partir de um tema específico são articulados os demais assuntos/ os alunos trazem os problemas para que a partir daí os professores insiram os conteúdos
Os alunos trazem os questionamentos para escola .
Trazer o conhecimento do dia a dia para dentro da escola. É um conteúdo sobre uma dimensão de valores/ ética e cidadania
A comunidade estabeleceu os conteúdos.
4º. Movimento
ALUNOS PROTAGONISTAS
os alunos investigam a realidade e levam a problemática para a escola.
O aluno organiza os espaços da aprendizagem.
Tirar o aluno do espaço sentado para um espaço de atuação.
A diferença é que o tema vem do trabalho de educação e valores

VIDEO-AULAS 9 - PERSPECTIVAS ATUAIS DAS PESQUISAS EM EDUCAÇÃO E VALORES

Tema:  PERSPECTIVAS ATUAIS DAS PESQUISAS EM EUDCAÇÃO E VALORES
Profa. VIVIANE PINHEIRO
APRESENTA COMO ESTÃO AS PESQUISAS SOBRE MORALIDADE HUMANA
Inicialmente destaca que : MORALIDADE FAZ PARTE DA IDENTIDADE
A professora retoma o Esquema sobre o sujeito psicológico – representação que mostra de forma dinâmica como o sujeito psicoloógico é composto - tem-se Dois planos (não consciência  e consciência)
"DIMENSÃO AFETIVA ESTÁ INTERELACIONADAS COM OS FATORES QUE PERPASSAM O PSIQUISMO.
CONSTANTE INTERAÇÃO COM O MEIO QUANDO FALAMOS EM MORALIDADE E VALORES."
COMO ESTÃO  AS PESQUISAS ATUAIS EM PSICOLOGIA MORAL:
Valores – (Ulisses Araújo ) construção social e psicológica dos valores
REFEREM-SE A TROCAS AFETIVAS QUE O SUJEITO REALIZA COM O EXTERIOR SURGEM DA PROJEÇÃO DE SENTIMENTOS POSITIVOS SOBRE PESSOAS E/OU RELAÇÕES E/OU OBJETOS E;OU RELAÇÃO.
OS CONTRA-VALORES SURGEM DA PROJEÇÃO DE SENTIMENTOS NEGATIVOS
Sujeito tem papel ativo na construção de seus valroes – os valores são construídos na história de vida do sujeito. Podem ser moral ou não morais.
A moralidade não se guia apenas no principio de justiça.
Os valores são construídos de forma diferenciada – alguns assumem o centro do sistema moral (os valores mais fortes para o sujeito – tem uma tendência de acontecerem mais fortemente nas situações de conflito) os valores periféricos aparecem em situações e contextos determinados.
Situações são importantes para a construção dos vaores.

Os valores centrais se modificam de acordo com as situações – uma descoberta importante da psicologia moral
Outras contribuições:
Valores são regulados também pelos sentimentos
Sentimentos morais (culpa e vergonha) significa que o sujeito possui valor generosidade
Integração dos valores – se organizam no sistema moral de forma hierarquizada
Implicações para o campo da educação e valores
1º. Papel ativo do sujeito na construção de valores  > educação moral reflexiva e metodologia ativa da aprendizagem
2º. Valores podem ou não serem morais e nem sempre estão relacionados ao sentido de justição > trabalhar com diversos valores, não apenas regras
3º. Elaboração dos valores como centrais e perifericos e a importância das situaç~eos > trabalhar os valores como objetos do conhecimento / elaborar sequencias didáticas planejadas e projetos voltados para a construção de valores (promover o distanciamento do sujeito dos conflitos)
4º. Regulação pelos sentimentos e pela integração de valores > desenvolver diferentes atividades planejadas para incluir a explicitação dos sentimentos e dos valores para que o sujeito perceba o que são sentimentos e como atuam com relação aos valores
EXEMPLO PROJETO
Violência moral – não estabelecer juízo de valores – o professor precisa desenvolver estratégias que levem a uma reflexão  para discutir os valores e sentimentos do grupo.
INSTIGAR AS MANEIRAS DE PENSAR SOBRE EDUCAÇÃO E VALORES.

SAÚDE E EDUCAÇÃO - VÍDEO-AULA 11 - TDAH